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quinta-feira, 23 de junho de 2011

FLUXO DE CAIXA

FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa serve para demonstrar graficamente as transações financeiras em um período de tempo. O tempo é representado na horizontal dividido pelo número de períodos relevantes para análise. As entradas ou recebimentos são representados por setas verticais apontadas para cima e as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais apontadas para baixo. Observe o gráfico abaixo:

Chamamos de VP o valor presente, que significa o valor que eu tenho na data 0; VF é o valor futuro, que será igual ao valor que terei no final do fluxo, após juros, entradas e saídas.

VALOR PRESENTE e VALOR FUTURO

Na fórmula M = P . (1 + i)n , o principal P é também conhecido como Valor Presente (PV = present value) e o montante M é também conhecido como Valor Futuro (FV = future value).

Então essa fórmula pode ser escrita como

FV = PV (1 + i) n

Isolando PV na fórmula temos:

PV = FV / (1+i)n

Na HP-12C, o valor presente é representado pela tecla PV.

Com esta mesma fórmula podemos calcular o valor futuro a partir do valor presente.

Exemplo:

Quanto teremos daqui a 12 meses se aplicarmos R$1.500,00 a 2% ao mês?
Solução:

FV = 1500 . (1 + 0,02)12 = R$ 1.902,36

Fonte: http://www.somatematica.com.br/emedio/finan5.php

Relação entre juros e progressões

Relação entre juros e progressões

No regime de juros simples:
M( n ) = P + n r P

No regime de juros compostos:
M( n ) = P . ( 1 + r ) n

Portanto:

  • num regime de capitalização a juros simples o saldo cresce em progressão aritmética
  • num regime de capitalização a juros compostos o saldo cresce em progressão geométrica

TAXAS EQUIVALENTES

Duas taxas i1 e i2 são equivalentes, se aplicadas ao mesmo Capital P durante o mesmo período de tempo, através de diferentes períodos de capitalização, produzem o mesmo montante final.

  • Seja o capital P aplicado por um ano a uma taxa anual ia .
  • O montante M ao final do período de 1 ano será igual a M = P(1 + i a )
  • Consideremos agora, o mesmo capital P aplicado por 12 meses a uma taxa mensal im .
  • O montante M’ ao final do período de 12 meses será igual a M’ = P(1 + im)12 .

Pela definição de taxas equivalentes vista acima, deveremos ter M = M’.

Portanto, P(1 + ia) = P(1 + im)12
Daí concluímos que 1 + ia = (1 + im)12
Com esta fórmula podemos calcular a taxa anual equivalente a uma taxa mensal conhecida.

Exemplos:

1 - Qual a taxa anual equivalente a 8% ao semestre?

Em um ano temos dois semestres, então teremos: 1 + ia = (1 + is)2
1 + i
a = 1,082
i
a = 0,1664 = 16,64% a.a.

2 - Qual a taxa anual equivalente a 0,5% ao mês?

1 + ia = (1 + im)12
1 + i
a = (1,005)12
i
a = 0,0617 = 6,17% a.a.


TAXAS NOMINAIS

A taxa nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está referida. Alguns exemplos:
- 340% ao semestre com capitalização mensal.
- 1150% ao ano com capitalização mensal.
- 300% ao ano com capitalização trimestral.

Exemplo:

Uma taxa de 15 % a.a., capitalização mensal, terá 16.08 % a.a. como taxa efetiva:

15/12 = 1,25 1,2512 = 1,1608


TAXAS EFETIVAS

A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está referida. Alguns exemplos:
- 140% ao mês com capitalização mensal.
- 250% ao semestre com capitalização semestral.
- 1250% ao ano com capitalização anual.

Taxa Real: é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.

Fonte: http://www.somatematica.com.br/emedio/finan4.php

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Seção, Área e Volume da Esfera

Seção da Esfera

Toda seção plana de uma esfera é um círculo.

Sendo r o raio da esfera, d a distância do plano secante ao centro e s o raio da seção, vale a relação.



Se o plano secante passa pelo centro da esfera, temos como seção um círculo máximo da esfera.


Área da esfera

A área de uma superfície esférica de raio r é igual a 4r2.

A = 4r2


Volume da esfera


Aplicação

Uma esfera é secionada por um plano a 8cm do centro; a seção obtida tem área 36cm2.

Determinar a área da superfície da esfera e seu volume.

Solução:
Inicialmente, devemos considerar a área da seção:

36 = . s2 →s = 6cm

s2 = r2 - d2→ 62 = r2 - 82 r = 10cm

A = 4r2 = 4 . 102 →A = 400cm2

Volume da esfera


Fonte :http://www.colegioweb.com.br/matematica/secao-da-esfera.html

Euler e os cinco sólidos platónicos

Nesta entrada afirmei que só existiam cinco poliedros regulares convexos, com faces iguais, os chamados sólidos platónicos, cuja justificação se podia deduzir da relação de Euler. Mas é preciso estabelecer condições adicionais que estes sólidos verificam. É o que explico a seguir, na chamada prova topológica.

A equação que relaciona o número de faces F, vértices V e arestas A de um poliedro

F+V=A+2\;\qquad, (1)

aplicada ao cubo (F=6 faces, V=8 vértices, A=12 arestas), traduz-se na igualdade

6+8=12+2

e, aplicada ao tetraedro, que é uma pirâmide equilátera (F=4 faces, V=4 vértices, A=6 arestas), em

4+4=6+2.

Num poliedro regular convexo (um segmento de recta que una quaisquer dois dos seus pontos não sai para fora do poliedro), em que cada face tem n lados iguais, se multiplicar o número de faces F por estes n lados, conto as arestas duas vezes. Porquê? Porque cada aresta é a intersecção de duas faces adjacentes. No caso do cubo, em que as faces são quadrados (n=4) isto traduz-se em:

6\times 4=2\times 12.

Para o tetraedro, cujas faces são triângulos equiláteros (n=3 lados), pelo mesmo motivo, se multiplicar o número de faces por estes 3 lados , obtenho

4\times 3=2\times 6.

No caso geral de um poliedro regular convexo, em que cada face tem n lados iguais, devido à dupla contagem será então:

nF=2A\Leftrightarrow F=\dfrac{2A}{n}.

Voltando ao cubo, em que cada vértice é o ponto de encontro de m=3 arestas, se multiplicar agora o número de vértices por estas 3 arestas, obtenho o dobro do número de arestas, porque também estou a contar cada aresta duas vezes, em virtude de cada aresta unir dois vértives:

8\times 3=2\times 12.

Fazendo o mesmo para o tetraedro, m=3, obtenho, pelo mesmo motivo

4\times 3=2\times 6.

O caso geral, em que cada vértice de um poliedro regular convexo é o ponto de encontro de m arestas, traduz-se em

mV=2A\Leftrightarrow V=\dfrac{2A}{m}.

Assim, um poliedro regular convexo verifica a dupla igualdade

nF=mV=2A\;\qquad , (2)

em que n é o número inteiro de lados de cada face poligonal e m o número inteiro de arestas que se intersectam em cada vértice, pelo que a equação (1) é equivalente a

\dfrac{2A}{n}+\dfrac{2A}{m}=A+2

ou a

\dfrac{1}{A}=\dfrac{1}{m}+\dfrac{1}{n}-\dfrac{1}{2}\;\qquad . (3)

Esta equação corresponde, no caso particular do cubo a

\dfrac{1}{12}=\dfrac{1}{3}+\dfrac{1}{4}-\dfrac{1}{2}

e no do tetraedro a

\dfrac{1}{6}=\dfrac{1}{3}+\dfrac{1}{3}-\dfrac{1}{2}.

Mas há duas restrições aos possíveis valores inteiros de m e n: uma, em virtude do número de arestas ser positivo, é

\dfrac{1}{m}+\dfrac{1}{n}>\dfrac{1}{2}\Leftrightarrow 2n+2m>mn\;\qquad (4)

e a outra, porque o poliedro é um sólido tridimensional,

m\ge 3\;\qquad. (5)

O número de lados n de cada face define a sua forma poligonal: para n=3 é o triângulo equilátero, n=4, o quadrado, n=5, o pentágono regular. Será que num poliedro regular convexo n poderá ser igual a 6? Vamos ver que não.

Para m=3 a equação (3) assume o valor particular

\dfrac{1}{A}=\dfrac{1}{3}+\dfrac{1}{n}-\dfrac{1}{2}=\dfrac{1}{n}-\dfrac{1}{6}.

e, pela restrição (4)

2n+6>3n\Leftrightarrow n<6\qquad

conclui-se que 3\le n\le 5. Os dois casos vistos acima são o tetraedro, que corresponde a n=3 e o cubo, a n=4. Para n=5, vem

\dfrac{1}{A}=\dfrac{1}{5}-\dfrac{1}{6}=\dfrac{1}{30}

donde A=30, V=\dfrac{60}{3}=20 e F=32-20=12. Este poliedro regular com 12 faces é o conhecido dodecaedro.

Para m=4, a mesma equação (3) passa a ser

\dfrac{1}{A}=\dfrac{1}{4}+\dfrac{1}{n}-\dfrac{1}{2}=\dfrac{1}{n}-\dfrac{1}{4}

e agora a restrição (4),

2n+8>4n\Leftrightarrow n<4\;\qquad,

isto é, n=3. O número de arestas, vértices e faces são, respectivamente, A=12, V=\dfrac{24}{4}=6 e F=14-6=8. É o octaedro, com oito faces que são triângulos equiláteros.

Para m=5, (3) é a equação

\dfrac{1}{A}=\dfrac{1}{5}+\dfrac{1}{n}-\dfrac{1}{2}=\dfrac{1}{n}-\dfrac{3}{10}

e a condição (4)

2n+10>5n\Leftrightarrow n<\dfrac{10}{3}<4\;\qquad

logo, é também n=3. O número de arestas, vértices e faces são, respectivamente, A=30, V=\dfrac{60}{5}=12 e F=32-12=20. É o icosaedro, com vinte faces que são triângulos equiláteros.

Para m\ge 6, a primeira forma de (4)

\dfrac{1}{m}+\dfrac{1}{n}>\dfrac{1}{2}\;\qquad

permite estabelecer

\dfrac{1}{n}>\dfrac{1}{2}-\dfrac{1}{m}\ge \dfrac{1}{2}-\dfrac{1}{6}=\dfrac{1}{3}\Leftrightarrow n<3,\qquad

o que contraria a restrição (5). Isto prova que 3\le n\le 5 e que só há os cinco sólidos platónicos atrás referidos.